Maria Mattos

Hoje em dia, abrir um negócio já é um sonho possível que muitas pessoas estão realizando, mas com a facilidade também vieram as demandas. Se você não pensar fora da caixa e procurar entender de fato seu público, cairá na estatística das portas fechadas.

Com o advento das Startups, vivemos numa era de opções e serviços diversos que há 10 anos atrás nem sequer existiam. Agora transbordam. De certa forma, isso nos deixou mais refinados à certas estruturas de escolhas e facilmente migramos de um produto para outro.

Quase todos os produtos que queremos na vida já existe, o que faria então um usuário escolher o seu?

Temos tantas opções disponíveis, que a forma como escolhemos o que consumimos virou ciência. Cientistas começaram a estudar os modelos de pensamento, sobre como realizamos as tarefas de maneira cognitiva e o que nos motiva a tomar certas decisões. Passamos a entender como as pessoas se comportam enquanto utilizam ferramentas complexas, submetidas a diferentes ambientes. Estruturas, hierarquias e fluxos lógicos resolviam parte do problema, mas não todo. O que faltava então? Faltava o contato com a parte do nosso cérebro ligado às emoções. Escolhemos com o coração, embora utilizemos a razão para testar os produtos, por isso fluxos lógicos funcionam por um tempo, mas não fidelizam.

Hoje em dia existe o que chamamos de UX (user experience) ou experiência do usuário e o que conseguimos entender à partir dessa ciência é que:

“Empresas não vendem só um produto, empresas vendem uma melhor versão das pessoas comprando este produto.”

Entregar a melhor experiência de navegação (seja num site ou numa prateleira) e de decisão de compra, cria um elo entre consumidor e produto. Se houver a continuidade dessa experiência em relação à um determinado produto, podemos dizer que criamos um hábito para esse consumidor.

Hábito é a mais poderosa força que faz as pessoas escolherem seu produto dentre tantos. Não se enganem de achar que o seu produto é o melhor, provavelmente não é, e mesmo que seja, não é isso que faz as pessoas escolherem o seu.

O usuário precisa se sentir importante, conectado e inteligente perante a escolha que fez. Veja esse fluxo:

Você usa um app para resolver algum problema, seja uma compra ou um serviço. Esse app é fácil, intuitivo (fluxo lógico), responde visualmente às camadas de soluções e você consegue ver suas necessidades atendidas de maneira rápida e simples, o que torna tudo mais eficiente. Logo você se sente conectado à tecnologia e pertencente ao mundo tecnológico atual. Você transcende os hábitos dos seus pais e liga isso à evolução da espécie (cérebro reptiliano), além disso, consegue quebrar a barreira cognitiva para a utilização de uma nova ferramenta. Com todas essas sensações (inconscientes) você indica o app para outras pessoas e mostra o benefício da ferramenta, logo você vira referência em ferramentas tecnológicas. Agora você tem duas coisas poderosas nas mãos: uma reputação a zelar e o poder de ajudar outras pessoas com as soluções que você descobriu. O gatilho disso é tão mágico que se torna um hábito e o hábito traz repetições, logo fidelização.

São detalhes como esses que fazem a diferença, é necessário pensar no consumidor com empatia para que o produto tenha relevância nesse mar de opções que nos deparamos todos os dias.

By Maria Mattos

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