UX – Ideias brilhantes X usabilidade
O carro elétrico, por exemplo, atingia até 80 km/h. Além da baixa velocidade máxima, se comparado aos carros com motores a combustão, tinha outro problema comum aos elétricos daqueles tempos: a combinação de pequena autonomia (127 km no uso urbano) e a demora na recarga das oito baterias de chumbo-ácido, que variava entre seis e oito horas.
“Silicon Valley Carpet”
Dei esse apelido como uma analogia ao red carpet de Hollywood, atenção mais voltada ao glamour, holofotes e fama.
Em 2014, a Theranos era uma startup que valia US$ 9 bilhões. A sua fundadora, Elizabeth Holmes, era presença garantida na capa de grandes revistas e palestrou até em uma edição do TED.
Ela prometia revolucionar o mercado de exames laboratoriais, mas fechou as portas. A ideia era revolucionária: um equipamento capaz de fazer mais de 200 tipos de exames com apenas algumas gotas de sangue.
Celebrada como uma das mais disruptivas startups a nascer no Vale do Silício, a empresa levantou 1,4 bilhão de dólares em investimentos e tornou sua fundadora, Elizabeth Holmes, uma das bilionárias mais jovens a fazer sua própria fortuna. No entanto, a situação era boa demais para ser verdade. Em 2016, a startup foi acusada de fraude e de ter mentido ou exagerado sobre a tecnologia e sua performance e foi investigada pela SEC, a comissão de valores mobiliários dos Estados Unidos (como a CVM).
As ações da Theranos despencaram e a empresa coleciona processos judiciais. Ela teve que pagar uma multa milionária e deixou o controle da Theranos como parte de um acordo com a SEC. Além disso foi proibida de dirigir ou ser executiva de qualquer empresa de capital aberto pelos próximos 10 anos e foi indiciada criminalmente por fraude.
Não exagera, não mente que a galera não é besta. O consumidor está treinado, está empoderado pra perceber e tomar decisões melhores.
O terceiro caso é o da startup Sambatech, mas essa eu deixei por último porque existe um final feliz!
A solução e o problema de algumas startups hoje em dia é a cultura cool. A flexibilização dos modelos de gestão hoje em dia podem ser mal interpretadas como o lugar cool para se trabalhar longe do chefe carrasco, quando na verdade deveria ser para permitir que as pessoas façam e entreguem o seu melhor. É abrir espaço construtivo para novas ideias. É reduzir amarras e processos burros. É estimular que haja confiança e agilidade.
O modelo muitas vezes infantilizado, a presença no palco disputada, porém sem espectadores (pois todos são atores), coloca a evolução das práticas de trabalho em risco por se submetem aos caprichos de jovens de capital intelectual alto, porém sem nenhuma noção do outro. Cresceram ganhando medalhas de participação e são adeptos ao desapego, porém o desapego confundido com a falta de responsabilidade
sem comprometimento com nada que lhes tragam qualquer sacrifício.